Eu corro corro e a parede vai correndo junto. Está sempre dois passos à minha frente, a filha de uma puta.
Talvez esta seja mesmo a lição da dinâmica: nunca conseguir encostar o limite. Mas, porra, eu quero encostar nos tijolinhos cor de laranja(podre)! Encostar não, arrebentar a parede e chegar do outro lado, assim - cuspida, sem precisar de convite mesmo. Nem recepção.
Igual nas grandes corridas dos desenhos animados já cheios de poeira: arrebentando a fita de marcação. F u r i o s a m e n t e. Igual à Vênus sem peles que rodopia rodopia até ficar tonta e cair e atravessar o chão e chegar, finalmente, na minha cama. Sangue. Tão nua. Quando se está sem peles, a gente consegue machucar com um sopro só, sabia?
E também, merda, quem precisa de uma lição de moral como desfeche de um filme?
Hoje meu café ficou choco - me vejo no espelho, do outro lado do copo. Só pouquinha coisa turva e borrada, mas talvez nem seja culpa do café.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
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8 comentários:
como diz o Peu: às vezes o mundo está uma bosta, mas nem é culpa do mundo.
e eu acrescento: nem nossa.
hoje foi o dia mesmo, pra todos.
e sei bem como é essa falta de pele, e a sensibilidade à sopro.
eu só sinto peles e ossos...
eles articulam, e dizem que são tão frageis que não podem quebrar em choque com a parede, eles deslizam por entre as rachaduras do concreto...
e dizem, eu sou cliche! então dobra a esquina e diz, quem é a proxima diversão do ainda, que por enquanto não acabou?!
tudo bem, eu ainda sou aquele que não me entedo!
se nunca ouviu um homem falar desse jeito, não esquente, eu tb não havia. por isso precisei de um pouco do mais do mesmo.
hahaha pra descontrair! rsrs...
ah eu gostava tanto daquele layout para os seus textos!
break on through to the other side.
não posta mais...
Depois que começou escrever, ela nunca mais foi a mesma.
Linda, linda!
hum. interessante. :)
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