segunda-feira, 2 de maio de 2011

Placenta 2

A vida é uma tarefa árdua.
São muitas, muitas horas.

Placenta

Eu sou uma rocha eu sou uma rocha eu sou uma rocha eu sou uma rocha eu sou uma rocha eu sou uma rocha.
Eu tenho que ser.

domingo, 1 de maio de 2011

O bem do mar é o mar é o mar é o mar é o mar

Permito ao teto sufocar.
Estou brega e redundante de novo.
Mas tudo é mais fácil na areia.
O mar balança a noite toda e assim a gente não morre.
Temos 15 anos e o sonho de um mundo inteiro nas nossas bocas. Na contra mão de tudo.
Virilha molhada. Os olhos cheios.
Tudo é novo. Eu quero tudo eu quero tudo eu quero tudo e tenho medo e não quero mais e depois quero de novo.
Outro pulmão que respira e verte e entende.
O gosto da tinta tá ficando velho...

E agora 850 quilômetros de asfalto quente entre nós.


Os tempos de emancipação emocional chegaram.
Então eu acordo e sacudo os sonhos do meu cabelo.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Sangre sangre sangre sangre sangre

Meu sangue preto e grosso jorrando de mim hoje. Na cara do mundo.
Minha cabeça contra um peito.
A boca onde deveria estar. Molhada. Cuspe. Gozo.
Sangue de novo.
Nos meus dedos de novo.
Estou parada exatamente aqui.
Montada bem em cima do topo da minha própria vida.
De toda tralha que eu juntei.
De toda a bosta sensível que eu sou e não sei/tenho onde enfiar.

GRANDE MERDA que eu gosto do vento (enquanto a vida cai e cortaram a água de novo).