Parecia que tinham colocado (ou eu tinha colocado?) cem roupas pesadas em mim - cem roupas do algodão mais grosso do mundo - e eu não consiga me mexer direito, nem respirar direito. Mesmo querendo me mexer tanto e respirar tanto.
E tudo parecia um pouco aguado e um pouco como uma aquarela que pegou chuva e depois caiu no chão e toda a tinta se misturou e se perdeu. Molhada.
Tá molhado e quente aqui, e bastante assombrado também. E é tão bom. Mas logo vem o mofo - eu sei, eu sei.
Parece que nunca vai parar de chover. E hoje eu desejo que nunca pare mesmo.
domingo, 2 de novembro de 2008
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5 comentários:
a garota do meio da chuva, que abandonou a calça preta e o veludo azul pra sentir as Peles de Vênus cinzenta.
chuva, pra mim, é mudança.
to gostando dosm seus textos no blog...
pode não ser... mas esse texto me faz pensar no jardim de ébano do meu "elogio da madrasta" mas o seu parece mais uma floresta tropical...
vc curte velvet underground, né? rs
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