terça-feira, 10 de março de 2009

Sob nosso manto de escombros

Com fogo nos joelhos finos e a garganta seca:
- Eu tenho gosto de que?
Mais uma lambida e um uivo de vida. Respiração molhada. Outra lambida.
Duas. Três. Quatro lambidas. Coração em pêlos. Uns segundos mudos. E a resposta:
- Tem gosto de carne que rasga. De tempo que derrete. De vingança que não acaba nunca.

4 comentários:

Henrique Ravelli disse...

parla!!!!

Unknown disse...

Vingança que não acaba nunca. adorei a expressão. resume toda a intensidade que transborda no texto

Guiga disse...

Gostei!

cadeira vazia disse...

é que você conhece, aquele quarto também, né gata?
Saudades locas (L)