domingo, 21 de dezembro de 2008

Sobre o Pedro Fanático e a sua janela na rodovia

Mais um domingo de Pedro. Domingo de barriga. Domingo pingando d'um conta gotas gigante. Pingado.
Hoje parou e eu não quis continuar.
Escorrendo pelos buracos quentes dos meus dedos. Buracos quentes do mundo. Isso que acontece de um ardume bem de baixo da pele do rosto rosa. De baixo do nariz que também pinga pinga e foge.
A cidade e as suas texturas deliciosas quase parando. Texturas doloridas. A cidade e seus fantasmas do domingo dormido.
Domingo de Pedro. O Pedro vermelho na janela vermelha limpando a cadeira encardida, quase imóvel. Eu podia jurar que ele morreu. Ele some e volta e meu coração bate aqui. De alma vermelha borrada. Pedro dormido da janela da minha alma imunda.
Pedro sumiu.

3 comentários:

Carla olavio disse...

ual.
não sabia que fazia isso de escrever tão bem sentimentos abstratos em relatos recortados de sensações...
deu pra entender?
rs

o que quis dizer é que gostei disso.
;)

Branca disse...

Isso existiu? Porque confundir tua alma, ou compara-la, a uma janela de rodoviária.
Ah, Duda, tua alma é tão linda, tão linda! E a janela da rodoviária tão suja, tão suja!

Um beijo, docinho. Um beijo bem docinho.

Daniel Moreira Miranda disse...

pela adição, valeu :-)